segunda-feira, 14 de julho de 2014

NOS Alive'14, dia 1

E tudo o vento tocou



Foi transversal o primeiro dia do NOS Alive'14. Desde ambientes intimistas, passando pelo rock e pelo pop, viveram-se horas mágicas no Passeio Marítimo de Algés, que teve a música como a maior das artes. Dos portugueses Noiserv e Tiago Bettencourt, passando pelos aglutinadores Imagine Dragons e The Lumineers, até aos ambientes mais negros dos Temples, The 1975 ou Interpol, e finalizando com a energia contagiante dos cada vez maiores e mais seguros Arctic Monkeys, as mais de 50 mil almas presentes no recinto sentiram a comunhão de sonoridades várias.

Noiserv | 17h50, Palco Heineken

Calor, muito calor neste primeiro dia de NOS Alive'14. Enquanto se tomam as primeiras decisões, se consultam os horários dos concertos, a sombra é um local deveras requisitado. E, quando aliada à sombra, vem a (boa) música, o local serve de pousio.

Ainda que não tenha sido essa a principal motivação das muitas dezenas que se encontravam no Palco Heineken minutos antes das 18h00, os “ocasionais” que procuravam resguardar pele e ossos dos mais de 30 graus que se sentiam no Passeio Marítimo de Algés, apesar do vento, sentiram um bom porto de abrigo na curta, mas muito interessante, atuação de David Santos, aka Noiserv.

O alinhamento deste mini-concerto foi como uma refrescante viagem à espiral melódica da discografia de David Santos. Sozinho em palco, tendo por companhia os seus instrumentos, este homem de recursos múltiplos é dono de uma atmosfera particular, que mescla elevadas doses de uma complexa estrutura sonora, entre sons acústicos com uma parafernália de tiques minimais de natureza digital, que sublinham a nostálgica beleza da sua obra.

Comunicativo, bem-disposto e preocupado em saber as horas, de forma a controlar a sua atuação, David Santos conduziu-nos numa viagem entre “One Hundred Miles from Toughtless” e o mais recente “Almost Visible Orchestra”. Os aplausos, herdados de um público que conhecia o seu reportório, sublinharam temas como “It’s Easy to be a Marathoner Even if you are a Carpenter” ou “I Was Trying to Sleep When Everybody Woke Up”, onde guitarras e pianos em loop davam as mãos a pequenas faíscas eletrónicas em caleidoscópio, que testavam o audímetro dos presentes ao jeito do ritmo cardíaco.

Ainda que o festival não seja o ambiente ideal para sentir a lindíssima música de David Santos, os sons que povoam o universo Noiserv não deixam ninguém indiferente e é notório o prazer que o músico sente ao tocar ao vivo, ainda que pareça estar dentro de um casulo particular. A batida naif de “Bomtempi”, qual desvario meteorológico é um exemplo disso. A voz saída através de um megafone engrandece uma atmosfera minimal e dolente, onde todos os sons, matematicamente livres, têm um lugar próprio, uma conexão sonora irrepreensível.

Antes da despedida, feita através de “Don’t Say Hi if You Don’t Have Time for a Nice Goodbye”, David Santos falou de um sonho que pode acontecer, de um acreditar que ainda é possível, mesmo num Portugal ancorado em crises várias. Xilofone, voz, piano, melódica e afins, em camadas loop, funcionam como um até já por parte do senhor do carrossel. O músico sai do palco sob aplausos e a sua música continua a ecoar. Soube a pouco, mas ainda há muita música pela frente.

Ben Howard | 18h00, Palco NOS

Ainda o sol ia bem alto quando o britânico Ben Howard estreou o Palco NOS. Neste primeiro dia de festival, marcado por muito calor e pela enchente em Arctic Monkeys, muitos foram aqueles que rumaram ao palco NOS e por lá se deixaram ficar, a desfrutar da Folk colorida do homem de “Only Love” e de “Keep Your Head Up”.

Com um alinhamento de seis músicos em palco, as canções de Ben Howard soam cheias e pintadas de pormenores que apenas os insistentes problemas técnicos nas primeiras músicas não deixaram ouvir nas melhores condições. Mais elétrico do que se esperava, o britânico contou com o apoio dos muitos conterrâneos presentes, que, junto com os portugueses, se mostraram conhecedores e não hesitaram na hora de bater palmas e cantar quando chegaram “Wolves” ou “Black Flies”.

Sempre com o nervo a espreitar por detrás da voz trémula, “Keep Your Head Up” foi a mais celebrada de um concerto agradável que, longe de ser memorável, serviu como um óptimo aquecimento.

Temples | 18h55, Palco Heineken

Líderes da nova vaga de Rock Psicadélico vinda de terras de Sua Majestade, os Temples estrearam-se em Portugal com pompa e circunstância, no palco Heineken. Perante uma tenda quase cheia, a banda de James Bagshaw (amuleto dourado ao pescoço, caracóis revoltos como não se viam desde os anos 70) trouxe até Algés o seu álbum de estreia, "Sun Structures".

A tentação à comparação é quase irresistível: os Temples, à semelhança dos Tame Impala, conseguem pegar em influências do passado e, nem por um momento, soar datados. À semelhança do álbum, o concerto iniciou-se com “Sun Structures”, logo seguida por “A Question Isn’t Answered”, acompanhada a palmas, e “Colours to Life”.

Comunicativos q.b, foram agradecendo as palmas e a dança que aqui e acolá ia povoando a tenda, até que chegaram “Move With the Season”, “Mesmerize” ou “Keep in the Dark”, portentos de Rock/Pop Psicadélico, recheados de guitarras embebidas em fuzz e harmonias vocais que não andam longe daquilo que uns Fleet Foxes fazem.

Para terminar, tocaram a inevitável “Shelter Song”, pondo termo a um bom concerto, que abriu o apetite para uma visita em nome próprio e num horário mais adequado.

The Lumineers | 19h20, Palco NOS

Com apenas um álbum editado, os norte-americanos The Lumineers chegam a Portugal pela porta grande e com honras de pisar o palco principal. Ainda com o sol a bater teimosamente "de chapa", valeu aos presentes um vento assertivo, que amenizou a tormenta.

Com um palco ornamentado com três candelabros de luz oscilante, o quinteto natural do Colorado brindou uma considerável moldura humana com mais de 60 minutos de um indie folk muito orelhudo, com destaque para temas como o brilhante “Ho Hey”.

O concerto começou com “Submarines”, um canção que apela ao doce toque do piano e que faz emergir, gradualmente, uma bateria muito presente e um baixo assertivo. A voz quente e despretensiosa de Wesley Schultz incita à partilha e, desde os primeiros momentos da atuação, os The Lumineers têm o público na mão.

“Ain’t Nobody’s Problem”, um original do “amigo” Samwill Joe, revela-se blusy q.b. e coloca toda a gente a dançar enquanto o vento teima em contrariar a potência do astro-rei. Depois, “Flowers in Your Head” leva-nos para um universo do mestre Bob Dylan, ainda que Schultz não tenha um timbre tão nasalado.

“Ho Hey”, uma das músicas maiores dos The Lumineers, revela-se como um tónico revigorante e as palmas surgem compassadas e elevam-se no éter. Verdadeiro hino, “Ho Hey” – que levou o vocalista a interromper a atuação, para pedir que se guardassem os telemóveis – serviu para adensar a comunhão entre músicos e público e provocou uma atmosfera familiar que nos remete para a brilhante atuação dos islandeses Of Monster and Men na edição de 2013 deste Alive que agora tem nova graça.

Explorando o filão único, “The Lumineers”, editado em 2012, a banda toca “Classy Girls”, descaradamente folk e com um toque especial do violoncelo de Neyla Pekarek, que esporadicamente ajuda nas vocalizações. “Subterranean Homesick Blues”, versão de Dylan, assume-se como o momento panfletário do concerto, com destaque para um piano de efusivo e um ambiente saloon. A toada acalma com “Dead Sea”. O piano faz a introdução, surgem imagens marítimas nos ecrãs, o público recupera forças.

“Slow it Down” deixa, num primeiro momento, o palco à mercê de Schultz, que depois ganha a companhia de Pekarek e Jeremiah Fraites. Vivem-se momentos mais íntimos, apela-se à calma. Esse sentimento prossegue com “Duet (Falling in Love)”, uma canção simples e arrebatadora, e “Charlie Boy”, uma composição que apela à dolência. Por esta altura o sol já se pôs por detrás do palco e o vento dá tréguas. Coincidência?

Retemperadas as forças, os The Lumineers tocam “Darlene” e “Elouise” de uma forma especial. Tal como tem sido apanágio da digressão da banda, Schultz vai para o meio da multidão munido da sua guitarra. Qual manobra populista, o público reage de forma efusiva à prestação e as atenções dividem-se entre o vocalista e outro membro da banda em especial. A razão é simples: o homem do acordeão pendura-se na estrutura que alberga a mesa de som, depois de passar pelo meio dos presentes. Bom, é indie folk e todos gostamos.

Já nos derradeiros minutos da atuação da banda ecoa “Flapper Girl”, que contou com uma intro à base de um pequeno piano de recorte clássico. Antes do final há ainda espaço para a nova “Gun Song” e, mesmo no ocaso do concerto, ficou “Big Parade”, entusiástica canção que teve direito a um inusitado momento de freeze por parte de todos os elementos da banda. Até à vista, rapazes.

Imagine Dragons | 20h50, Palco NOS

Por esta hora, debandada geral para o palco NOS, para ver o fenómeno Imagine Dragons . Originalmente programados para o Palco Heineken, os americanos subiram de divisão para o palco principal devido à aparente muita procura de que eram alvo, e provaram que a decisão foi acertada, com um concerto que contou com muito público e muito apoio dos portugueses.

Conterrâneos dos The Killers, os Imagine Dragons fazem uma Pop raçuda, várias vezes com um, senão os dois pés assentes num Rock que, aliado à interação que o vocalista Dan Reynolds vai tendo com o público, prova-se tiro certeiro na multidão.

Com um infindável número de timbalões e bombos em palco, foi ao som destes que o concerto começou. “Fallen Tiptoe” abriu caminho para “Hear Me” e foi logo audível a reação entusiasta do muito público feminino presente.

A seguir veio algo com tanto de inesperado quanto de escusado: uma cover de "Song 2", dos Blur, que não trouxe nada de relevante ao concerto e ao original de Damon Albarn e companhia. A caminho do final do concerto chegaram as inevitáveis “On Top of the World” ,“Demons” e, a fechar, uma “Radioactive” muito celebrada mas que, à semelhança da música destes Imagine Dragons, nunca deixa de soar a produto pré-fabricado, demasiado mecânico para se esperar algo mais do que um fenómeno de massas.

The 1975 | 20h55, Palco Heineken

Ainda pelo Palco Heineken, muitos foram aqueles que aproveitaram o final do concerto de Temples para darem um pulo ao Palco NOS, onde os The Lumineers iam fazendo as delícias de quem por ali andava.

Apesar de o público não abundar, os fãs de 1975 revelaram-se devotos à causa de Matthew Healy, e várias foram as vezes em que o entusiasmo demonstrado roçou a histeria. Donos de uma pop resgatada diretamente dos anos 80, com uns toques de indie e synth pop, os 1975 fazem música para uma relação amor-ódio, em que, ora com guitarras ao leme, ora com sintetizadores de gosto duvidoso, não fica mais do que uma sensação de aborrecimento e de dejá vu, num concerto competente e bem tocado, que decerto fez as delícias dos fãs mais convictos, mas que foi insuficiente em passar disso.

Tiago Bettencourt | 21h15, Palco Heineken

Com o som dos Imagine Dragons a invadir o Palco Heinenken, estão apenas algumas dezenas de pessoas a aguardar a entrada em palco de Tiago Bettencourt, agora sem os Mantha. Indiferente, Tiago, o rapaz da guitarra escarlate, vem decidido a fazer um bom concerto. E consegue-o, a contra-relógio, e com espírito assumidamente rock.

A atuação começa com uma toada pujante e, num ápice, estamos embrenhados no mais recente “Do Princípio”, através da quente “Maria” - um elogio à mulher. O som de Bettencourt ao vivo é bem mais intenso que no registo de estúdio, algo que faz crescer ainda mais a chama da música do cantor e músico português. A prova disso é a brilhante versão de “Só Mais uma Volta”, repleta de groove em forma de carrossel. De bom gosto.

Com o público agarrado ao som que sai do palco, chega a vez de “Laços”, com Bettencourt agora ao piano, a pedir que se cante alto, de forma a não sentir a presença dos ecos que chegam do palco NOS. A prestação é sofrida, quente, e leva-nos ao melhor/pior que há em nós. A acompanhar as teclas, nota-se o sublinhado da bateria e baixo, que reforçam o espírito solene do momento. O resultado foi uma chuva de aplausos de uma plateia agora devidamente preenchida.

A reivindicativa “Aquilo que Eu não Fiz” leva-nos de volta a “Do Princípio” e este exercício poético face à crise conjuntural já se revela um caso sério junto das massas. E como agitar é preciso, “O Labirinto”, do álbum “O Jardim”, e “Ameaça”, do disco de 2014 (e com Fred na bateria), faz sobressair a veia rock de Tiago Bettencourt.

A festa continua com “Cenário”, dos tempos dos Toranja, mas um dos momentos mais altos do concerto. Surge, então, “Canção de Engate”, um original de António Variações, que contagia a alma mais ensimesmada. Com um perfil de noite de verão, somos levados até “Acústico” e a letra é cantada em uníssono. O piano lança notas dolentes e dentro de nós surgem fantasmas e sentimentos contraditórios.

Pensa-se em sentimentos que devem ser como as músicas, que tornam eternas as coisas pequenas.
Ainda as palmas soam quando surgem os primeiros acordes de “Carta”, uma das mais emblemáticas canções de Tiago Bettencourt, e que serve de rampa de lançamento para a belíssima “Morena”, que, apesar de recente, já é cantada por todos de forma irrepreensível. O concerto termina com “Chocámos Tu e Eu”. O clima é de festa. A música é quem mais ordena.

Interpol | 22h30, Palco NOS

Com novo álbum na manga e depois de uma ausência de três anos, era grande o interesse neste regresso dos nova-iorquinos Interpol a Lisboa. Mas, fruto da ansiedade para com os "Macacos", muitos foram aqueles que se dedicaram à epidemia das selfies e que simplesmente desligaram de um concerto que, fruto da hora, do público e talvez do local, pareceu sempre fora de contexto.

“Say Hello To Angels“ e “Evil”, a abrir, fizeram relembrar o bom que é ouvir a voz de Paul Banks e os jogos de guitarra entre este e Daniel Kessler. Com um alinhamento em que músicas novas conviveramm em harmonia com os clássicos de 2004, os ritmos foram geridos com a sabedoria de quem já faz isto há muito tempo - e simplesmente não falha.

“C’mere” ,“Obstacle 1”, “PDA” e “Slow Hands”, a fechar, foram a cereja no topo do bolo para todos aqueles que ali estavam por Interpol e não a marcar lugar para Arctic Monkeys.

Elbow, Palco Heineken

No Palco Heineken, devido ao conflito de horários entre Interpol e Elbow, não foi possível assistir ao concerto dos ingleses desde início, mas ainda chegámos a tempo de ver “One Day Like This” cantada pelo público, às ordens do mestre-de-cerimónias Guy Harvey, como se a sua vida dependesse disso. Bonito.

Arctic Monkeys | 00h15, Palco NOS

Se razão havia para este primeiro dia de festival estar esgotado, a responsabilidade cai num quarteto que nasceu em Sheffield há mais de uma década e cuja figura de proa é Alex Turner. Segundo a organização, estavam mais de 50 mil pessoas no Passeio Marítimo de Algés.

Na sua sétima atuação por terras lusas, os Arctic Monkeys são, sem qualquer tipo de dúvida, as estrelas maiores desta edição do NOS Alive 14, a par dos The Black Keys. Passaram oito anos desde o primeiro concerto da banda de “R U Mine?” em Portugal (no infernal Paradise Garage) e, se na época eram uma espécie de “next big thing” rock, hoje são uma certeza e assumem-se como ídolos maiores de uma fatia geracional que dispensa a efemeridade e agarra-se, com unhas e dentes, ao espírito frenético dos autores de “AM” - disco que dá o mote a esta digressão.

O palco, gigante e repleto de luzes e cor, está feito à medida da classe e ambição dos Arctic Monkeys. Ainda que não sejam necessárias muitas perguntas, “Do I Wanna Know?” abre um concerto que duraria 90 minutos e, pela primeira vez, levaria uma banda a realizar um poderoso encore.

Com um dos riffs mais brilhantes dos últimos tempos, a canção que abra o recente “AM” agarra de imediato o público que enche o palco à beira-mar plantado. Alex Turner é o homem do leme, um frontman de estilo rockabilly, gingão, que não tem pejo em assumir o comando desta potente nau musical que são os Arctic Monkeys.

Vindas do palco, as luzes ofuscam, fazem fechar olhos. Mas é a música que tem o condão de abrir os ouvidos e mentes. “Snap Out of It”, uma das criações mais recentes da banda, é já de domínio público e o falsete de Turner apenas encontra paralelo na potência da bateria de Matt Helders, que também dá uma ajuda nas vocalizações. De olhos nos olhos, Alex Turner, embala a audiência com “Arabella”, um exercício mais “contido” e blusy, que, ainda assim, não descura declarados tiques rock and roll.

“Brainstorm” faz-nos recuar até 2007, por alturas de “Favourite Worst Nightmare”, e no ar ficam laivos de um poderosa simbiose entre ambientes pós-punk e ska, que combinam na perfeição com o competente jogo de luzes que abrilhanta o palco NOS. Seguem-se, sem demoras e diretas à alma, "Don’t Sit Down ‘Cause I Moved Your Chair”, de "Suck It and See”, e “Dancing Shoes”, do debutante “Whatever People Say I am, That’s What I’m Not”.

Depois é a vez da brilhante “Crying Lightning”, cujo refrão consegue contagiar a mais fria alma deste universo. O baixo presente arrebata atenções, a bateria corre desenfreada, as guitarras gritam e o discurso sedutor de Turner faz o resto. Impossível resistir. A seguir, “Knee Socks” faz a ponte entre o passado recente e o presente.

O estatuto da banda britânica é tal, que uma canção como “My Propeller” soa a clássico. O seu swing mescla ambientes de tonalidades escuras com assombros pontuais de fantasmas brit-pop. Depois de uns segundos de pausa, outra grande música: “I Bet You Look Good on the Dancefloor”. Guitarras à solta, numa faixa que Turner dedica a todas as miúdas, sejam elas de 1984 ou não. A massa humana grita, dança, vibra. A música bate o conflito geracional e menores e mais experientes convivem. O sentimento de exorcismo continua com “Library Pictures”, “Fireside” e com um mais acústico “No. 1 Party Anthem”, a lembrar um qualquer final de festa.

“She’s Thunderstorms” começa de forma lasciva mas ganha intensidade durante o seu percurso, antecedendo mais um momento brilhante. “Why’d You Only Call Me When You’re High?” é uma canção madura que parece existir há décadas, tal é a sua presença. Mais antiga, “Flourecent Adolescent” torna o ambiente mais ligeiro e “505” adivinha a saída da banda, ainda que momentânea.

No regresso, os Artic Monkeys trazem três dos seus maiores sucessos: “One for the Road”, “I Wanna beb Yours” e “R U Mine?”. Todos estes temas retirados de “AM” deixam em êxtase os cerca de 50 mil presentes, que tiveram mesmo direito a um “extend-play” da derradeira faixa.

In Palco Principal

Texto: Carlos Eugénio Augusto e David Silva

Fotografias: Manuel Casanova e Rita Bernado

Sem comentários:

Enviar um comentário