segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PS4 Hands-On

Deus ex Machina 



Longe vão dos tempos da saudosa PS1, um sistema 32 bits com cd que deixou os amantes dos videojogos boquiabertos em 1994. A febre provocada pelo gigante japonês levou a um incrível recorde de vendas e o primeiro sistema Play Station vendeu mais de 100 milhões de unidades até ao ano 2000, data que surgiria no mercado a icónica PS2 que ousou destronar a sua antecessora ao chegar a casa de mais de 150 milhões de pessoas em todo o mundo.

Mantendo uma cadência evolutiva a cada seis anos, em 2006 a Sony colocaria no mercado a muito ambiciosa PS3 que apesar da qualidade inata do seu sistema demorou algum tempo a cativar os amantes de consolas – muito por culpa do seu preço inicial excessivo – mas por fim lá chegou ao coração dos mesmos. O sonho tornado realidade do modo online começava a fazer crescer o amor face à PS3 que é hoje um valor seguro do mercado.

A fasquia estava muito alta mas desde a introdução da terceira geração de consolas da Sony no mercado a evolução da mesma foi gradual – quer em termos estéticos, técnicos e no que toca ao software – e passou a ocupar um lugar privilegiado junto aos mais comuns e imprescindíveis eletrodomésticos domésticos.
Tendo a noção que o sucesso no mundo das consolas é sinónimo de uma latente efemeridade, a Sony queria, definitivamente, marcar o mercado e enquanto a PS3 se assumia como líder de segmento, os técnicos que entretanto desenvolveram a PS4 tomavam notas e pensavam numa consola que superasse, a cada pormenor, tudo o que já existia eliminando as falhas registadas no sistema antecessor.

Gradualmente seguiram o seu caminho e a PS4 é, sem dúvida, uma máquina a roçar a perfeição no que ao mundo dos jogos de consolas diz respeito. A sua programação é mais intuitiva e sagaz, os novíssimos dualshock4 são substancialmente mais atrativos, funcionais e melhorados em relação aos anteriores comandos PS3 e estamos perante um sistema que oferece uma excelente relação em termos de qualidade/preço.

Como resultado temos uma consola que vai afirmar-se de forma mais segura no mercado do que aquilo que aconteceu com a PS3 e é sem dúvida uma peça envolta de um muito atraente design cujo paralelismo linear angular é uma delícia para o olhar, tendo ainda a vantagem de trazer consigo um software estável que promete afastar problemas de maior em termos de jogabilidade e afins.

Em termos de perfil, a PS4 divide-se em quatro blocos: entrada de discos, indicador de energia, botões de comando e o sistema refrigerador (no estreito espaço entre secções). Frente e traseira (onde estão as múltiplas entradas exceto usb) da consola são ligeiramente inclinadas o que confere um belo quadro estético à consola esteja ela vertical ou horizontal. Tal como as antecessoras é a cor preta que pinta a nova aposta da Sony cujos acabamentos matte e gloss conferem um visual sofisticado.

A interatividade proporcionada pelos novos comandos é um dos grandes trunfos da PS4 e trazem muitas novidades. Mais robustos e com um toque esteticamente mais arredondado os dualshock4 têm os sticks ligeiramente mais afastados e os apoios conferem outra estabilidade aos triggers, permitindo este novo formato um maior conforto ao jogador.



Ao invés dos anteriores botões Select e Start, surgem agora duas novidades. Mais separados, os comandos Share e Options ladeiam o painel tátil que vai permitir uma maior liberdade de movimentos e uma interessante interação com o Playroom, mas lá chegaremos. Mas é sem dúvida o botão Share que vai ganhar muitos adeptos entre os amantes da PS4 pois através desse comando é possível partilhar online triunfos com os amigos com a ajuda das redes sociais. Podemos mesmo transmitir a ação em direto por ustream e em apenas alguns segundos é possível gravar, editar e postar um vídeo no Facebook.

O dualshock4 oferece ainda uma maior e melhor vibração devido à potência dos novos motores e de forma a identificar os jogadores existe uma barra de luz traseira com quatro cores diferentes possíveis. Para conseguir ainda um maior envolvimento por parte do jogador, estes novos comandos trazem uma coluna em registo mono integrada e uma entrada para phones que permitem dar outro enfase aos pormenores do gameplay. Outra questão importante: é possível realizar a portabilidade dos dualshock4 entre PS4 e PS3 mas apenas através do cabo usb e nunca através de bluetooth.

O interface da PS4 revela também assinaláveis melhorias e permite ao utilizador retirar uma maior funcionalidade da barra de ferramentas. Podemos, por exemplo, pausar qualquer momento do jogo ao carregar no botão PS e mudar algumas definições sem abortar a mesma sessão. Depois de anos de experiência a navegar no sistema PS3 e na concorrente XBOX 360 é hoje intuitivo navegar nos menus da PS4 e não estranhar a por vezes quase infinita linha horizontal que serve de casa para jogos e aplicações várias.

Em termos do sistema online a PS4 permite a possibilidade de um acesso remoto – desde que tenham a mesmo ponto de acesso Wi-Fi – através da PlayStatioApp, uma aplicação que pode ser descarregada através da App Store ou Google Play para dispositivos móveis da família Apple ou smartphones e tablets Android. Depois de instalada a aplicação é possível a visualização de segundos ecrãs no que toca a títulos PS4 podendo os seus utilizadores aceder ao mundo PSN e ver as listas dos amigos assim como os seus troféus ou trocar mensagens. A partilha de atividades é uma nova forma de comunicação e a funcionalidade “What’s New” dá a conhecer aquilo que os membros (até um limite de duas mil entradas) mais próximos da nossa “comunidade” estão a fazer e liberta uma privilegiada porta para sessões multigame evitando as aborrecidas “filas de espera” online.

O breve mas muito saboroso teste que realizamos no acolhedor espaço alfacinha The Playce, permitiu verificar que a PS4 é uma máquina essencialmente focada no ato de jogar. São os jogadores os máximos destinatários desta fantástica consola e ao interagir com Assassins Creed Black Flag, Killzone Shadow Fall, Knack, Battlefield 4 e Fifa 14 sentimos a potência dos novos motores gráficos da PS4 e os nossos sentidos entram numa nova dimensão de gameplay onde os gráficos em alta resolução são um fascínio para a alma. Com uma memória de 8GB e 500GB de capacidade de armazenamento, a PS4 é um verdadeiro portento.

Sendo um sistema extremamente versátil, a interatividade entre a PS4 e a PS Vita é de uma assinalável importância e um acessório como a nova câmara permite disfrutar de muitas horas de prazer através das funcionalidades a explorar no Playroom, um espaço que permite uma maior interação e conhecimento com o novo dualshock4, uma espécie de lâmpada de Aladino versão 4.0, através de divertidas aplicações como o são o elástico Air Hockey, o divertido robot voador Asobi ou os cativantes AR Bots, pequenos seres que podem habitar no interior dos novos comandos Sony e prometem invadir os corações de pequenos e graúdos.

Com o Natal bem próximo, a nova PS4 assume-se como a prenda ideal para os amantes de jogos e pode bem ser o toque final do assalto à liderança da Sony no que toca ao mercado mundial das consolas. Tem a palavra a Xbox One.

In Rua de Baixo

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