“Don’t think about making art, just get it done. Let everyone else decide if it’s good or bad, whether they love it or hate it. While they are deciding, make even more art.” Andy Warhol
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
“O Templário Negro”
de Roberto Genovesi
Imagine uma amálgama entre 300, de Frank Miller e Lynn Varley, e Gladiador, de Ridley Scott. Agora junte doses generosas de elementos sobrenaturais. Misture bem e sirva. O prato, neste caso literário, é O Templário Negro (Clube do Autor, 2017), obra de estreia do italiano Roberto Genovesi nos escaparates nacionais, conhecido também pelo seu trabalho enquanto jornalista, guionista e autor de programas televisivos.
A trama leva-nos até ao século XII, mais precisamente a 4 de julho de 1187, data em que em plena Guerra Santa se dá um dos confrontos mais sangrentos entre cristãos e muçulmanos. O acontecimento, que ficou conhecido na História como a Batalha de Hattin, resultou numa copiosa vitória de Saladino, primeiro sultão do Egipto e Síria, que assim se apoderou da glória mas também da Vera Cruz, uma das maiores relíquias dos homens de Cristo.
Conta-se que um pedaço da Vera Cruz, uma lasca de madeira, terá sido entregue a um jovem muçulmano, de tez escura, seguidor de Alá, mas que usa uma cruz de prato ao pescoço, conhecido por Isaac, o Negro, dono de um perfil típico de um anti-herói.
Alguns anos volvidos após a Batalha de Hattin, Isaac conhece Frederico II, imperador Romano-Germânico, que lhe pede que resgate da fortaleza de Iblis todas as suas relíquias. O objectivo é guardá-las todas no Templo de Salomão, para que gente de todas as religiões e credos possa por ali passar numa verdadeira peregrinação de paz.
É sob este pressuposto e demanda que Roberto Genovesi constrói uma narrativa convincente, muito bem alicerçada em edifícios e locais cujo contexto fez nascer um excelente romance histórico, repleto de aventura, acção e como assinalável coerência. Ao longo das quase 400 páginas o leitor é guiado por uma épica sequência de acontecimentos, uma miríade de personagens, voltas, reviravoltas, descrições pormenorizadas e fé, cuja competente dinâmica e envolvência o deixa colado ao livro.
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