«Uma narrativa afinada que tem como principal característica a clareza e o rigor psicológico»
A expectativa era muita. Durante os últimos dias, vários eram os nomes que figuravam na lista que ditaria a sucessão do chinês Mo Yan, no que tocava ao novo Nobel da Literatura. Entre os favoritos estavam o japonês Haruki Murakami, a norte-americana Joyce Carol Oates ou o húngaro Peter Nádas, mas coube à canadiana Alice Munro a honra de vencer o Nobel, sendo a décima terceira mulher a conseguir tal feito.
Segundo os rigorosos parâmetros de apreciação por parte dos membros do comité que atribui o Nobel da literatura, Munro é detentora de uma «narrativa afinada que tem como principal característica a clareza e o rigor psicológico.»
Desta forma, a autora de livros como “Demasiada Felicidade”, “Fugas” ou o mais recente “Amada Vida” – todos estes títulos editados em Portugal através da editora Relógio d’Água –, torna-se na décima oitava personalidade canadiana a ser laureada pela Academia Real Sueca.
Muitas vezes comparada a autores como o russo Anton Chekov, Munro consegue aos 82 anos o mais importante prémio literário da sua carreira, quatro depois de arrecadar o também muito prestigiado Man Booker Prize.
Ainda que a sua grande aposta enquanto escritora seja o conto, género que apenas tinha sido distinguido uma vez pela Academia Sueca em 112 anos, Alice Munro vê o seu nome juntar-se às grandes referências da literatura mundial.
In Rua de Baixo
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